Sabe por que você acredita que precisa mudar para ser aceito ou aceita? Por favor, preste atenção no verbo: “por que você acredita“.
Via de regra, por desconhecimento sobre o TDAH por parte de de nossos pais. Por conta disso, eles são levados a nos impor mudanças de comportamento. Afinal, não nos aceitam como somos.
Há uma postura comum nos pais de filhos com TDAH. Quando sua hiperatividade, alta ansiedade, sonhador e pouco atento às tarefas cotidianas, o primeiro e – quase sempre – único pensamento que lhes vem à mente é que o filho não está fazendo o que deveria estar fazendo.
Essa percepção e esse pensamento levam a si próprios e à criança a uma vida cotidiana estressante. Passam a monitorar, conduzir, desacelerar e controlar o comportamento de seus filhos o tempo todo, a cada momento:
- Faça isso, faça aquilo, não faça isso, cuidado
- Pare; venha aqui; cale a boca, me escute e depois responda; por que eu sempre tenho que dizer o que você deve fazer? Por que você não é igual a seus irmãos, às outras crianças?

E assim as crianças com TDAH passam a acreditar que, para serem aceitas, precisam mudar; precisam ser como os outros são; que precisam pensar, sentir e agir de maneira diferente; que é melhor seguir o roteiro sem ser criativos, espontâneos e tão emocionais.
Trata-se de excessiva pressão externa que as leva a crescer com autoimagem comprometida. Acham que não estão bem do jeito que são e precisam mudar; ser diferentes para ser mais aceitos e ter vida cotidiana menos exaustiva.
Mais sobre TDAH
O TDAH é transtorno genético do neurodesenvolvimento da regulação de determinado conjunto de funções cerebrais. Com isso, reflete-se no comportamentos. Veja:
- Atenção
- Hiperatividade
- Concentração
- Memória
- Motivação e esforço
- Aprendizagem a partir dos erros
- Impulsividade
- Organização
- Habilidades sociais
É transtorno que impõe uma coleção de problemas aos portadores que vivem de forma que não lhes convém. Por outro lado, tais problemas se percebem nas pessoas à volta dos portadores de TDAH. Em especial, em quem ainda não aprendeu a lidar com as particularidades comportamentais deles de maneira adequada.

Ser aceito é questão de autoestima
Meus estudos me levam à seguinte conclusão: é possível minimizar as fraquezas e os problemas do TDAH de forma consistente. E, assim, aceitar-se bem para ser aceito ou aceita. Ou seja, é possível quando você passa a usar seus pontos fortes, a controlar suas fragilidades e a organizar sua vida da forma conveniente.
Tudo bem… não desaparecem por completo. Afinal, os problemas nascem de uma disposição mental diferenciada na maneira de ver, sentir, pensar e agir nos portadores de TDAH. Mas minimizam.
E isso só acontece quando você aceita quem realmente é. Isto é, quando para de querer ser diferente, para de lutar contra si mesmo/mesma e contra seu TDAH. Dessa maneira, começa a lutar por si mesma ou mesmo.
É ponto de partida rumo a uma vida mais tranquila, plena de sucessos e muito mais feliz, Afinal, essa postura resulta em ser aceito ou aceita justamente por ser quem você é.
Você não precisa mudar
Quanto mais e melhor você se aceitar como realmente é, mais vai aprender a sentir e entender o que é bom para você. Ou seja, vai descobrir o que fazer de melhor para cuidar de si. Além disso, vai perceber o que é necessário sustentar em vez de lutar sob pressão para mudar.
Onde há limites, há limites. Mas limites não constituem a maior parte da vida.
Note: quanto mais suas próprias fraquezas ficam em segundo plano, melhor fica sua vida cotidiana.
Ser aceito como normais
Para o adulto com TDAH, é auto-obrigação ser diferente do que realmente é para ser aceito como normal.
Você vive se obrigando a mudar? A ser diferente para se tornar o que você acredita ser normal? Uma pessoa concentrada, focada e estruturada?
Pare agora mesmo com essa auto-obrigação, pois você pode:
- … ser exatamente do jeito que é
- … viver e aproveitar a vida do seu jeito
- … ser espontâneo, emocional, criativo e prestativo
- … aceitar seus pontos fracos e trabalhá-los a seu favor
- … ser aceito por todos, apesar de suas diferenças comportamentais
Aceite sua maneira de ser. Ou seja, pare de tentar mudar, rompa seus limites. Passe a viver seu cotidiano com mais leveza, relaxado e feliz.
Afinal, sempre haverá desatenção, erros por descuido, procrastinação, desordem. Isso acontece mudando ou não mudando sua maneira de ser.
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